Sinais da Natureza: é agora ou agora!
No próximo 5 de junho celebra-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, data proposta pela Organização das Nações Unidas – ONU – durante a Conferência de Estocolmo de 1972, cuja finalidade consiste na criação de um momento voltado exclusivamente aos debates acerca da temática ambiental em todas as suas vertentes.
Desde então, ao longo dos anos, abordagens temáticas são realizadas por intermédio de discussões em diferentes segmentos da sociedade, visando sempre contemplar o máximo das representatividades.
No ano de 2022, o tema da data será “Uma só Terra”, abordagem profunda, reflexiva e necessária para chamar a atenção da humanidade que só há um planeta conhecido capaz de abrigar a vida como concebemos, a Terra.
Apesar deste fato não ser nenhuma novidade, cada vez mais em nome de demandas econômicas imediatistas, bem como da inércia em ações concretas de mudanças, cada vez mais nos apropriamos dos elementos naturais – bióticos e abióticos –, e desta forma, sucessivos elos de desequilíbrios se fecham em uma velocidade e intensidade jamais vivenciada antes.
Aos nossos olhos saltam exemplos práticos de como nossas escolhas em muitos casos demonstraram-se inadequadas. Ciclos de extinções em massa, mudanças climáticas, aumento no nível do mar, reduções das áreas florestais, ressurgimentos/proliferações de enfermidades de diferentes ordens e esgotamentos de recursos naturais são apenas alguns destes.
Não obstante da temática ambiental, a questão social é outro pilar que inspira há muito tempo um olhar todo especial, visto que ao mesmo tempo que nunca se produziram tantas riquezas e tecnologias como nos tempos atuais, ao mesmo nível não para de aumentar os números de cidadãos ao redor do mundo que vivem em condições de extrema miséria.
Ante a estes fatos, é sabido que as soluções não virão todas do “dia para a noite” e nem sem a necessidade de profundas mudanças.
Assim sendo, pergunta-se, o que pode ser feito para que haja condições de projeção de um futuro mais promissor?
Antes de mais nada é necessário saber que mudanças efetivas ocorrem quando há a sinergia entre vontade, preparo e atitude. Deste modo, a interação entre sociedade civil e setores produtivo e político emergem como o único meio para que as atuais e já desafiadoras demandas venham ser enfrentadas.
Ao poder público cabe o papel de estimular a expansão das práticas econômicas de baixo impacto ambiental, bem como desestimular a continuidade de modelos de negócios insustentáveis em termos ecológicos. Quanto ao setor produtivo, cabem os desafios da inovação, da superação e da necessidade de assumir responsabilidades aos papeis pertinentes. Em relação à sociedade, esta também tem seu papel/responsabilidades, visto que seja nas práticas cotidianas, seja na aquisição de produtos e serviços, o mercado consumidor tem um enorme papel na delimitação do que os setores produtivos e governamentais terão de papeis e funções!
Desta forma, para que tenhamos a chance de projetar um futuro melhor as gerações vindouras, temos que lembrar sempre de que não herdamos o planeta das gerações passadas, mas sim o emprestamos das gerações vindouras.
Sanar o meio ambiente implica ao mesmo tempo em enfrentar as mazelas sociais por nós mesmos criadas.
Fomos e somos capazes de feitos incríveis, nossa capacidade é surpreendente! O que precisamos fazer enquanto ainda há tempo é agir na direção certa, e a consciência é um grande fiel de balizamento.
(Autor Thiago Hernandes)